sexta-feira, agosto 10, 2007

Casa das Estações

[Coming_Home_by_kayceeus.jpg]
peço licença
para te pôr
os dedos
nos lábios
e impedir
que digas
novamente
que me amas
mas não
dessa maneira

no refúgio
das palavras
debaixo da pele
onde vai o olhar
quando as pálpebras
se fecham
procuro arrepiar de ti
o meu nome
para garantir
que não nos despedimos
sem que saibas
que deixaste
a minha casa
das estações
onde o amor
se ergueu à tua volta
de quarto para quarto
sem portas trancadas
acolhendo-te
nas tuas horas
de luz ou sombra
quentes ou frias
acordando
ou embalando
cada sentimento
e desejo teu

nesta casa
como tu sabes
nunca houve chaves
e se agora queres ir
a porta da rua
está aberta
como qualquer outra
mas é claro que o lugar
das tuas coisas
não mais será o mesmo
ainda que um dia
queiras voltar.

4 comentários:

Arrebenta disse...

E como anda o Melhor Amigo?... :-)

Diogo Vaz Pinto disse...

cá estamos, uns dias muito bem e outros à espera...

Teresinha disse...

Outro daqueles poemas que me faz ler o teu blog todos os dias.
peço licença para o publicar no meu.
não o consigo comentar. acho que foi demasiadamente bem ao encontro de qualquer qcoisa cá dentro.
boas férias, e continuação de bons escritos!

Diogo Vaz Pinto disse...

estás à vontade e obrigado