O homem, monótono universo,
acredita em ampliar os haveres,
mas das suas mãos febris
saem apenas limites interminavelmente.
Pendurado no vazio
ao seu fio de aranha,
não teme e não atrai
senão o seu próprio grito.
Dissimula a corrosão erguendo sepulcros,
e para te pensar, Eterno,
nada mais possui que blasfémias.
- Giuseppe Ungaretti
(tradução de José Eduardo Simões)
Sem comentários:
Enviar um comentário