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[...] primeira tese: a literatura é impotente.
[...] Pretendo, porém, que a literatura tenha algum efeito. No entanto, exige-se de mais quando se pretende colher logo dividendos.
[...] Será então lenta a forma de actuação da literatura. Provavelmente. Mas
então sou contra as grandes palavras, contra as exigências excessivas,
contra a ideia de que «nomear é desde logo exorcismar». Creio que é
preciso nomear e voltar a nomear aquelas coisas que sentimos como «não
dominadas», mas penso também que isso não chega para as «dominar». Temos
que agir, numa perspectiva de esperança.
Esta é a minha segunda tese.
- Johannes Bobrowski
(tradução de João Barrento)
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