Com mãos se faz a paz se faz a guerra. Com mãos tudo se faz e se desfaz. Com mãos se faz o poema – e são de terra. Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra. Não são de pedras estas casas mas De mãos. E estão no fruto e na palavra As mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no tempo como farpas As mãos que vês nas coisas transformadas. Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade. Ninguém pode vencer estas espadas: Nas tuas mãos começa a liberdade.
1 comentário:
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
De mãos. E estão no fruto e na palavra
As mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no tempo como farpas
As mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
Nas tuas mãos começa a liberdade.
"As Mãos", Manuel Alegre
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