(...) recordando também um ensaio de Paul Valéry, no qual o escritor reproduz e comenta, com evidente anuência, a resposta dada por Mallarmé a Degas quando o pintor lhe confidenciou as dificuldades que experimentava ao enveredar pela expressão poética. De acordo com Valéry, Degas, que também se sentia atraído pela poesia e gostava de escrever versos, teria dado conta ao amigo das limitações com que se debatia nesse outro domínio de criação, classificando a poesia de «ofício infernal». E acrescentara: «Eu não consigo fazer o que quero e, no entanto, estou cheio de ideias». Ao que Mallarmé terá respondido: «Os versos, meu caro Degas, de modo algum se fazem com ideias. Fazem-se com palavras».- Rosa Maria Martelo
in A forma informe, Assírio & Alvim
quarta-feira, janeiro 26, 2011
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3 comentários:
Nem tudo está perdido. Agora que já conhece a história só lhe falta, a si e às restantes plantinhas de fácil poda que inçam esse triste quintalzinho (inclua aqui, por favor, uma macieira, por muito mirradinha que seja), retirar dela algum ensinamento.
Seu merdas, escreva lá qualquer coisa que lhe confira um mínimo de autoridade para falar sobre assuntos de poesia e volte cá mais tarde... Estamos um bocadinho cansados de pregadores que da face de Deus parecem só vislumbrar uma espécie de verruga. E se tiver mais algum problema, alguma necessidade de atenção especial, visite-nos. O que não se esclareça por escrito há-de sanar-se pessoalmente.
Dioguito, o desespero da sua linguagem dá a medida da plantinha rasteira que é. Mas "bas fond" por "bas fond" gosto delas mais limpinhas, pode ser? De resto, não será nunca o dioguinho, tenha pelo menos o bom senso de não se arrogar a um saber que não tem, a inferir da qualidade ou não da minha poesia. Falta-lhe, para além de uns açoites nos cueiros, a estaleca para isso.
Já em relação ao seu convite digo-lhe o que em tempos disse a um da sua pandilha: não se impaciente, estou seguro de que não faltarão oportunidades, neste vasto portugal para, frente a frente, trocarmos impressões. Eu serei sempre aquele com um olhar embevecido e uma caixa de "mon cheri" na mão.
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