a luminosa tarde na janela,
e esta cassete de rádio na mesa
-tão apagada como o teu coração-
com todas as suas canções cantadas para sempre.
Teu último suspiro permanece
dentro de mim em suspenso: não deixo que termine.
Sabes qual é, Joana, o próximo concerto?
Ouves os miúdos
que brincam no pátio da escola?
Quando esta tarde se acabar, como será a noite?
Noite de primavera: Virá gente.
A casa acenderá todas as suas luzes.
2 de junho de 2001
- Joan Margarit
in Joana, Hiperión
1 comentário:
Maravilhoso, triste, real como a vida.
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