quarta-feira, setembro 22, 2010

Jacques Brel

Em algum cemitério de algum lugar,
alheio às folhas secas que o vento esfrega sobre os azulejos
e à infantil brincadeira dos pardais,
jaz, nesta terra sombria, Jacques Brel. Não saberá
que a sua voz, sussurrando Ne me quitte pas,
nos empurrou esta noite a ti e a mim até esta alcova
na qual agora nos adormece esta tíbia fadiga compartida.

- Miguel D'Ors
in Chrónica

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