domingo, agosto 19, 2007

Falar do não lido





















«Ao defender - mesmo paradoxal e parodicamente - a legitimidade de falar de livros não lidos, Bayard quer desmascarar a cultura como teatro de dissimulação da ignorância individual e da fragmentação do saber, anulando a culpabilização social (e não só em ambiente universitário...) por não ter lido, visto ou ouvido isto ou aquilo. Ainda que possamos pensar que esse sentimento de culpa, excessivo e que leva ao disfarce e à mentira, é preferível à ignorância orgulhosa que nem sequer se dissimula. Este ensaio, sério e divertido, que ensina truques para discutir uma obra ignorada e mostra como uma discussão entre ignorantes pode ser exaltante, é daqueles que merecem ser lidos. E dele podemos deduzir um manifesto de cepticismo sobre a crítica, elaborado por um crítico, mordaz, informado e arguto.»

- Francisco Belard, revista actual nº1816, do semanário Expresso

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