sábado, junho 16, 2007

O silêncio não é mudo (versão áudio)



Deixo-vos aqui uma colaboração entre mim e o meu irmão. A voz e o poema são meus. A música que vos vai contar esta história foi composta e tocada por ele.

1 comentário:

José disse...

Está muito bonito, sim, estava lá em baixo e eu tinha ouvido, só não elogiei porque muitos elogios também se perdem, e agora já não sei se me hei-de apagar, não quero deixar ninguém triste, que se f*da.

Tecnicamente podem melhorar, aqui nas minhas harman/kardman a ressonância vibra demais. Mas isso são pormenores, o essencial está feito. Parido.

Parabéns Diogo pela coragem, não digo de quê, não conhecia a tua voz, nunca te fui cuscar, nem ali ao lado na banda de música. Não sou nada apressado, tudo o que é importante há-de chegar-me. Sou atento.

Fizeste-me lembrar o 'olhos azuis, cabelos negros da Duras'. Li-o em Timor, estava adoentado e a senhora pegou em mim e atirou-me para um abismo de desencontros absolutos, de tristeza irreparável, fatal.

Isso só acontece mesmo quando somos pusilânimes, por medo de sofrer. Quando não, estatelados no fundo, de perna pertida, uma sede imensa, e lá vem o nosso daimon dar-nos um raio de Sol e asas...

Daqui a bocadinho, depois de ir às compras, vou para debaixo da orelha do 'meu dono', compenetrar-me , ele está lá a pensar nas tristezas da vida e eu fico muito quentinho e faço-lhe chegar calor pela orelha para lhe suavizar os sonhos. Ele não se dá conta, mas vai ficando mais contente.

(nós, os gatos, temos de tomar conta dos donos)