sábado, junho 16, 2007

O Melhor Amigo

Se me deixam sozinho eu fico só



mas se alguém me procura eu abraço-o




porque afinal eu sou o Melhor Amigo.

2 comentários:

José disse...

eheh, eu sou o gato.

Tens muitos amigos, e tu sabes, mereces por causa da tua coragem, honestidade e labor. Tens aí coisas lindas neste blog.

Agora, não sei como vamos ter todos descanso, mas temos esta imagem para adormecer

fica bem, os teus amigos também, todos por aqui

José disse...

já não sei se pus isto aqui, com esta história de me apagar, como o gato-que-ri, eu próprio fico baratinado. Mas gostei tanto, que queria partilhar. A última citação encerra o livro. Vou bazar.

Fala o Nick, um rapaz de vinte e poucos anos, mesmo giro, com um doutoramento em Oxford em literatura inglesa:

“Não, não podia desenrolar a linha da beleza para Catherine, porque a linha da beleza explicava quase tudo, e Catherine vê-la-ia como um logro, uma ilusão trivial, parecer-lhe-ia uma loucura, como ela dizia.”

Pag. 393, A Linha da Beleza, Alan Hollinghurst, trad. José Vieira de Lima, Asa (2004), 2005


“A emoção era chocante, assustadora. Era uma espécie de terror, feito de emoções de todas as fases da sua breve vida, o quebrar de elos, saudades de casa, inveja, autocomiseração; mas sentia que a autocomiseração pertencia a uma comiseração mais vasta. Era um amor pelo mundo chocantemente incondicional. Parou de novo a olhar para a casa e, depois, deu meia-volta e prosseguiu a sua lenta deambulação. Contemplou perplexo o número 24, a última casa, com as suas insígnias de festões e arcos de estuque. Não era apenas aquela esquina da rua, mas o facto – por si só – de se tratar de uma esquina de rua, que parecia, à luz do momento, tão belo.

Idem, pag. 555