sexta-feira, outubro 12, 2018

Boas notícias para a consolidação



Baita revolução no meio editorial lusófono: Carlos Mexia substitui Pedro Vaz Marques na Granta. Vaz Mexido deixa a revista ao fim de dez edições portuguesas mais duas a saltar à corda atlântica. Marquês de Mexia assume que tem uns grandes sapatos que encher, mas conta com a amizade de Carlos Mexiques para orientá-lo. O colaborador do Expresso será substituído pelo crítico literário da TSF, e este vai dedicar-se mais à Rádio, mas partilhando o quarto de banho com o outro na TVI24, onde continuarão a reunir-se aos primos para a emissão televisiva ao fim-de-semana. Entretanto, a revista passa a ser bicéfala: um editor em Portugal e outro no Brasil. O objectivo é, até 2020 provar, sem margem para dúvidas, que conseguiu tornar-se acéfala. Chamada a comentar, a endogamia felicitou os seus rebentos por mais esta genial troca de cadeiras. Carlos Já-Não-Mexe despediu-se com um agradecimento profundo e comovido, abraçando-se, certo de que o talento, entusiasmo e dedicação de toda a equipa da Acetona-da-china são a garantia de que a Granta será cada vez melhor.

Quanto a este post, ficará para aqui estilo road kill, com um número de likes como flores que se deitam sobre o contorno a giz de um morto, um número igual à quantidade de imbecis que se estão nas tintas para publicar com a Bulhosa, dizendo adeus à hipótese de verem um título na colecção de poesia ou um conto na Granta, e de um dia serem convidados para os jantares da Bulhosa, que, depois de confirmar os bons modos à mesa, decidirá se vos põe na rampa para terem vendas bárbaras, pegando de empurrão com as recensões pré-escritas que enchem a família de orgulho lá no Ípsilon.

Ahh, e entretanto um leitor lembrou que Isabel Lucas acaba de substituir Pepetela no júri do prémio Leya. Acumulando com o prémio Oceanos, é mais uma boa notícia para a consolidação familiar. E agora é fazer figas para que Mexia, já proposto por Maria João Cantinho e António Carlos Cortez, consiga ser eleito para presidente do PEN Club. Com sorte, lá mais para o final do ano, reabrimos o Parque Mayer com uma revista com as trombinhas doces desta gente toda.

1 comentário:

josé luís disse...

assinei a granta e no princípio até tinha (alguma) piada.
mas, quando enveredaram pela união tropical - a que chamaram sem pudor "em língua portuguesa" (o que será isso, perguntei, dado ser agora um misto de brasilês com acordês, sem uma linha em português), lamento informar que a assinatura sofreu a sorte do mais recente banksy.