Visitam-me a cada noite
com o seu espírito de sublevação,
Cassandra, Joana d'Arc, Dafne,
enraivecidas, trepando muros como a hera,
com as suas raízes secas e nuas até na casca,
recostam sobre mim a sua doce pestilência,
Malinche, as esfarrapadas de Diane Di Prima,
vêm convertidas em loureiros,
em estátuas de sal,
queimadas na fogueira.
- Natalia Litvinova
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