O silêncio da madrugada despertou-me. Como um rumor de pesadelo chegou até mim, sem anunciar-se. Era apenas um ponto, um buraco negro reciclando os olhos na escuridão. Vi janelas abertas, e paisagens com nuvens. Multidões sem rostro simulavam latidos. Soube que no fim a noite não se iria e aprendi com a sua presença o valor de estar só e sentir medo.
- Jenaro Talens
in Avanti (Poetas españoles de entresiglos XX-XXI), Olifante
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