
Vaguei perdido
A sombra virava
Tornava-se abrigo
Não dava para o sol
Que se derramava
Queimando as nuvens
Um brilhar comedido
Lá em cima esse porto
Que eu via entre salpicos
Habituado assim a esperar
Cheguei a julgar que podia
Até acreditar
Talvez me fizesse achado
Se ao menos dependesse de mim
Mas não... Depende do mar
Dependo do mar e eu não sei
Para que lado me está a virar
Nem sei onde vou chegar
Sem comentários:
Enviar um comentário