terça-feira, julho 04, 2006

Gizado...



A grandeza das coisas não está no veículo que as transporta mas na sua forma e proposta...
Mas as pessoas sempre preferem a preterição da escolha e selecção actual e meritória a favor da confiança cega no que já se afirmou e agora apenas mantém a aparência cínica da velocidade.
Para quem já se esqueceu eu relembro - a dificuldade de se aprender a andar de bicicleta está em encontrar um ponto de equílibrio que permita aquele primeiro impulso que depois nos deixa pedalar e ganhar velocidade...
Quem aprende a andar de bicicleta nunca mais se esquece, é uma aprendizagem que força o nosso mecanismo a ganhar um vício mecânico.
Vivemos pouco estimulados porque o vício já está instalado e a insegurança dos primeiros impulsos já se tornou mecânica humana.

A aprendizagem é o primeiro valor da evolução e portanto da vida não tanto como ciclo (e reciclo) cadenciado mas como proposta venturosa...

Para se recuperar o estímulo mais vale largar a bicicleta e as outras assistências e lembrar que as suas facilidades são dados adquiridos mas que no fim de contam são os passos e não as pedaladas que mais nos movem e afinal há sempre aquela máxima do "quem corre por gosto não cansa" - se o espírito manda e o corpo dança e dançar não é mexer é uma sintonia, portanto, uma vibração...

A condição da Vida é sempre sujeita de uma infinidade de coisas e é a relação que nos diz se vivemos ou apenas mexemos, se estamos a aproveitar a composição ou a destoar do conjunto, quem mais aproveita é quem alegra a composição tal como numa orquestra...

Cada espírito é um músico...

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