quinta-feira, outubro 23, 2014

Pequenos exercícios civilizacionais


Ler outro livro rememorar como quem
leva o unicórnio à rua um verso sem
o pão de mais nenhum verso (Ruy Belo não
se importa) ouvir uma sinfonia de ponta
a ponta (foge António da pobreza das
equivalências: nem as onomatopeias
equivalem os sons que escrevem) uma vez
em linha não partilhar a frase merdosa
de Gabriel García Márquez mesmo que
ainda não a saiba apócrifa sabendo
porém que Gabriel García Márquez nunca
escreveria semelhante merda não
apoucar a contemporaneidade que
me calhou pelo que dela vai para lá
da cerca triste do meu quintal e sobre a
televisão estou há muito conversado.

- António Gregório

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