quinta-feira, março 14, 2013

Morrer não custa (1)


Morrer não custa      meu irmão
Quando vier a celestial ramona
Para a última rusga
            Um pano sobre o microscópio
                                      e
                                          apaga-se a luz

Morrer não custa nada
            se for uma morte rápida

                          de súbito
O saco da história sobre nós

            – E sobre a campa:
«Tiveram pouca massa e muita sorte»


- Manuel Resende
in Natureza morta com desodorizante, Imprensa Nacional

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