Por vezes, tudo é tão tarde que já nada tarda.
Um pouco de imaginação e a humilhação é doce.
E o que cresce dentro de nós não clama unidade,
espera-se o sol, qualquer flor do prado.
Chamamos homem a tão pouco e até se ama por isso.
Veste-te, agora veste-te para a cidade,
escuta os malefícios de um gesto que não quiseste.
Mais simples que isto não consigo,
tudo é tão tarde que já não tarda.
- Paulo José Miranda
in A voz que nos trai, Cotovia
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