sábado, janeiro 05, 2013


Um avião aterrava
no meu terror, começar
por haver deus
e depois nem um irmão
com quem trocar
canivetes, lâminas.
Mas olha bem no escuro
ao lado de cada verso
sobe uma figura.

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Rio passado no barco
das rotinas, coração
de namoros. Nada
do que lhe disse o tirou
dos textos, nobre
suicida escrevendo
a beleza que mais ninguém
via.

- Helder Moura Pereira
in De novo as sombras e as calmas, Contexto

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