depositam flôres no mausoléu futuro.
Estão lívidas
e seus olhos de pedra choram como fontes.
Pairam sôbre os leitos. Nos seus ombros
rolam os cabelos mortuários.
Elas vos oferecem os salmos da agonia,
escrevem os vossos bilhetes suicidas,
dão-vos a cerveja fatal, mostram o revólver no espelho.
Estão juntos de vós como convivas
do mesmo almôço, bebem no mesmo copo,
confrontam vossos cronômetros. São lúcidas.
No poço do caminho vos esperam,
vestidas de crepúsculo.
- Bueno de Rivera
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