sábado, fevereiro 11, 2012

Oficina do Cego, Entrevista


Não deixa de ser verdade que nos agrada trabalhar com máquinas dos bons velhos tempos da revolução industrial (quando havia sobrecarga horária, exploração de trabalho infantil, conflitos laborais violentos, inanição, doenças de trabalho recorrentes, desemprego crónico, etc.). Enfim, tudo aquilo que agora ameaça retornar, sob a forma de tragédia (travestida de farsa). Também nós aparentamos retornar, mas com um propósito pouco ou nada instrumental. Andamos de voltas um tanto trocadas com a história. A história pode ser indigesta e inconveniente para a saúde. Portanto, vivemos como as vacas no campo, ruminando cuidadosamente os nossos projectos, pouco preocupados com os ontens e os amanhãs patrimoniais. Acreditamos na profecia catalã do vendaval vindouro, que arrastará todos as obras de arte e todos os monumentos para os confins do deserto, onde serão sugados por um umbigo gigantesco e depois cobertos pela areia. Ficará apenas um corninho de fora com um furo na ponta, de onde sairá um fio de leite. Por isso, não há que pensar no risco.

para ler na íntegra, aqui

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