segunda-feira, janeiro 16, 2012

Aguardente e pólvora

Deu errado o que faltava
Estou como quem acorda
sem ter para onde correr

Gigolei puta doente
roubei firma
botei fogo
vendi pedra
malhei pó

Agora só lambo caco
vivo mijado e com fome

Tremo de frio, calor
alguém manda beber
aguardente e pólvora
quarenta dias seguidos
para ver se enxugo
as poças de dentro

Se eu pudesse
fincava um prego no céu
e amarrava a corda
para o teu pescoço

- Fabio Weintraub
in Baque, Editora 34

Sem comentários: