(para Veronik Jussawalla)
Os montes curam como não o faz nenhuma mão.
O coração aquieta-se com o relâmpago azul
da asa de um gaio solitário.
Tu pensas que é impossível esquecer
as sombras do sol aqui eternamente roxas,
as planícies recuadas onde o vento sopra ainda.
Porém, o mundo irá maltratar-me outra vez, eu sei,
e eu irei alegremente pelo preço do costume.
Venho à superfície para me esfolar em poemas.
A veia derramada só um fecho formal.
- Eunice de Souza
(tradução de Ana Luísa Amaral)
in Poemas Escolhidos, Cotovia
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