estranheza
e devo agora, ai de mim,
praticá-la.
Os teus poemas já não são
mensagens para mim
e os meus tornaram-se
um epitáfio
a uma tarde de fim de Novembro
quando os últimos raios tocavam
as folhas, os bronzes, a velha arca de teca,
e esqueci-me por instantes
do que um velho pintor meu amigo me ensinou:
As formas sem dor, disse ele, são fúteis.
Que assim seja. Embora eu o preferisse
de outro modo.
- Eunice de Souza
(tradução de Ana Luísa Amaral)
in Poemas Escolhidos, Cotovia
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