sexta-feira, setembro 23, 2011

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Os charcos que a chuva sempre deixa
pelos caminhos; folhas de jornais
atrasados; silêncio de consulta
oftalmológica; estação de metro
à meia-noite; um prato de menu
barato; um romance que vendia muito
há dois anos; um alexandrino
escrito numa agenda; a monotonia
de uma escala num piano; aquelas sombras
que as noites deixam sempre pelos cantos.

- José Ángel Cilleruelo
in Maleza, Huacanamo

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