Quanto mais vais sabendo mais curtos ficam os dias. Estamos parados e a água vai subindo. Primeiro pelos calcanhares. Depois pelos joelhos, pela cintura e quando damos por nós estamos com ela por aqui. E começas a ter medo. Medo do escuro. Assim se lamenta um velho numa peça do José Maria Vieira Mendes, como se houvesse o que valesse mais a pena do que nos derrotarmos todos os dias, aos dias subtraindo o tamanho e a distância, preço muito em conta por um pouco de funda consciência. Não é um negócio segundo as normas, talvez seja mesmo gestão danosa, mas ainda não descobrimos outras maneiras de fugir ao coma.
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