sábado, julho 30, 2011

Noturno de Petrópolis

Um grilo crepita seu alegre fósforo
invisível acendendo a escuridão da alma,
os mil outros momentos nos quais grilos cantaram
e que longe dormiam entre os vãos do silêncio
agora quase presentes, quase lembrança
mas tão de leve, que nos desenham o próprio esquecimento
como se olhássemos uma janela aberta sobre o jardim noturno
advinhando as rosas na limpidez da brisa.

- José Paulo Moreira da Fonseca

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