Quando a conheci, num bar de putas,
vestia um vestido branco, às riscas
vermelhas, e os seus olhos eram verdes.
Havia luz no seu sorriso terno,
tanta candura que surpreendia
encontrar tal mulher em harmonia,
toda no paraíso em pleno inferno.
Analfabeta, não sabia menos:
a mim me ensinou tudo; e a ler também
o som do coração, mais do que mãe,
puta, minha senhora, pés pequenos.
18.XI.09
- António Barahona
in O Som do Sôpro, Poesia Incompleta
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