-guardas a chuva
na concha da mão,
colo de águas
daninhas
onde bebo
a nostalgia das marés.
*
um seixo em cada mão e o mar
às costas. a tua ausência será
um calendário de pedras.
*
ler o teu rosto
é abrir um livro ao acaso
numa aflição.
- Renata Correia Botelho
in Um circo no nevoeiro, Averno
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