sábado, dezembro 04, 2010

Vinte e quatro anos

Vinte e quatro anos recordam as lágrimas dos meus olhos.
(Enterrem os mortos, ou eles caminharão entre dores para a cova.)
Nas virilhas da porta natural acocorei-me como um alfaiate
A coser um sudário para uma viagem
à luz do sol carnívoro.
Vestido para morrer, pronto para o garbo sensual,
As veias vermelhas cheias de dinheiro,
No rumo final da cidade elementar
Avanço por tanto tempo quanto para sempre é.

- Dylan Thomas
(tradução de Joaquim Manuel Magalhães)

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