segunda-feira, novembro 29, 2010

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São os pássaros que levantam o dia para o cego.
Ouve-se a luz pendurada das árvores
e uma transfusão de sangue acelerado que acumula nos tímpanos
os latidos roubados à noite.

Amanhece.

Tíbias gotas de azul salpicam de manhã
os párabrisas dos carros.
Alguém, equivocado,
abriu o guarda-chuva pensando que chove.

- Federico Gallego Ripoll
(versão de L.P.)

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