Eu sou a vida entristecida de Robert,
O falso justificador de verdades alucinadas.
Ligo o torno,
Escrevo no quadro branco dos profetas
E observo ilustre fotografia desse amor,
Em alameda de plátanos
E folhas caídas de rosas vermelhas.
Vou gostando de um caixote do lixo,
Forrado a plástico.
Não por ser de metal, mas pelo último destino
Que dei à toalha que limpou o teu rosto.
Gosto de ser importante, entre dois.
De estar à altura da minha vaidade, ou seja,
Do amor que debita códigos de sorte
E projecções pouco aritméticas
Dos corpos que vão abraçando
Uma espécie de apatia.
Eu gosto de sair de casa e de voltar.
E nesta decisão de abrir ou fechar a porta,
Cumpro as coisas derradeiras.
E regressei ao lugar de origem - esse ponto,
Lá fora (dentro de mim), a porta sempre aberta, que fechei
Antes de poder entrar nesse espaço
De onde se pode sair do inominável lugar.
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