"Urgem poetas como Wolfe para recuperar posições. Poetas que sirvam para qualquer outra coisa e, como não, para fazer versos. Extraordinários homens ordinários, para empregar a frase que Goethe dedicou a Napoleão. Poetas que nos salvem por um momento do aborrecimento mortal com que nos deparamos no cinema europeu, no Natal ou nas férias de verão. Ou que não nos salvem em absoluto mas terminem empurrando-nos de uma vez para o abismo de onde nunca devíamos ter saído. Poetas que nos deliciem com a droga divina da desesperança. Poetas que nos façam esquecer o silêncio e a escuridão desses outros poetas que discorrem pelo vazio tentando fazer-nos crer que passeiam com Deus pelos arrabaldes do céu."- Luis Alberto de Cuenca
(excerto do prólogo da antologia da poesia de Roger Wolfe, Dias sin pan - Renacimiento)
quinta-feira, setembro 23, 2010
Poetas que sirvam para qualquer outra coisa
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