Os meus amigos - os formidáveis - são verdadeiros relatórios, veteranos a galope largo de um cerco, que vem de longe ou, nem por isso.
Quando eu combato ao lado e quebro a clavícula,
fico escondido na choupana à espera de uma conversa
com o melro que aparece, ao fim da tarde,
em perigo de fome.
Tenho o hábito de expulsar os infieis da praia de Consac
e do pavilhão de caça, onde se escondem os abutres
de chápeu muito elegante e de aba larga.
Tenho o hábito de velar Varene,
numa exasperada melancolia,
a despedir-me de um povo de nação adversária
e estampada em busto e mármore.
Somos nós que habitamos a guerra, sobre as ervas de orvalho.
Somos nós que preparamos as toutinegras
para um assalto à igreja descalça de fiéis,
que tem uma abóbada virada à floresta,
onde existe uma mina de avencas
e uma mulher que está só.
Sou irmão dela.
Comecei por acreditar num marinheiro
que tinha um rosto de fisionomia subterrânea.
Esse que vivia perto da condição de navegador.
Acreditei nele.
Mas o jovem senhor - de lábios finos - tratou mal
meio milhão de camponeses.
No momento em que foi condenado,
deixei de acreditar em amigos dignos,
que respeitam as diferentes visões da história.
Quando se fez noite, reparei no musgo
sem o olhar de qualquer caminho,
numa marcha carregada de flores dispersas
e léguas distantes de qualquer roda
que tivesse existido na minha vida.
E
aí,
sem ruído,
deixei-me ficar na praia.
Sem comentários:
Enviar um comentário