É escuro e deixei de pensar na noite, a uma determinada altura da minha vida. Já perdi o medo do breu, de pensar nos fantasmas que se escondem nos arbustos do quintal. Antigamente, fugíamos de coisas destas. Imaginávamos monstros que flutuavam nas águas dos rios e no pavor dos cemitérios, depois do sol posto. E hoje não acreditamos em fantasmas, nem no diabo. Aliás, acreditamos em pouca coisa. E é muito escuro. Não é dia.
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