fora do tempo o meu viver no tempo:
viste morrer outrora o menino que habitava,
confiado, em meu ser; depois, o adolescente
que se rendeu ao feitiço de tua luz misteriosa;
viste morrer em mim também o jovem
que ansiava ser teu e que te celebrava
com fervor em seus versos.
Agora vês este homem cansado que te fita
com a emoção de sempre. E um dia, ao voltares,
hás-de buscar-me em vão.
- Eloy Sánchez Rosillo
(tradução de José Bento)
in As coisas como foram, Assírio e Alvim
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