quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Lembra-te

Quando o acaso ou o costume, dentro de muitos anos,
de novo aqui te tragam, se fores vivo, e a vida
para ti seja só lembrança dissipada
dos antigos dias, lembra-te que houve um tempo
em que as coisas, por milagre, foram de outra maneira:
lembra-te que hoje este jardim
te ofereceu sua paz, das roseiras
em flor, do sol que te acompanha
e te ajuda com a sua luz tépida
a ser feliz e a saber que és jovem.

- Eloy Sánchez Rosillo
(tradução de José Bento)
in As coisas como foram, Assírio e Alvim

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