uma pequena cruz preta
na testa
para que
o inimigo
possa apontar melhor.
Não torno pública
a minha falta de medo.
Sei
que o assassino
não compreenderia.
Ele desenharia
apenas um ponto
no centro do alvo
e o seu indicador
premiria o gatilho.
Um buraco abrir-se-ia
na testa despedaçada,
no meio dessa
nobre Cruz da Bíblia.
Então eu extraíria
da polpa espessa
alguns pensamentos e sangue,
miolos e um grito
e com isso pintaria
a terrível tela da vida,
com isso escreveria
o meu mais terno poema.
- Nicolai Kolev-Bosiya
(tradução de LP)
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