quinta-feira, outubro 29, 2009
António Osório (4)
Vísceras
Criança que despeja um grilo,
pata a pata,
víscera a víscera,
da sua pequeníssima alma.
E não há quem refaça
o grilo e a criança.
(Poema do livro "Décima aurora", in
A luz fraterna: poesia reunida (1965-2009),
Assírio & Alvim, Lisboa, 2009, p. 230).
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