nem agora esquecida sob a insígnia húmida
de uma chuva insistente, suportando o silêncio
como um animal ferido que o sofrer afastasse,
com as costas no frio tão extenso da pedra
os olhos abre para onde não há-de ver jamais
as cândidas giestas, as tílias abundantes
entre as quais noutros tempos o júbilo morava:
quando às vezes lhe chegam com o vento as notícias
daqueles que apertava como um pão contra o peito,
ao sentir que não pode sua solidão gritar-lhes,
a garganta desfeita rompe em obscuro pranto.
- María Victoria Atencia
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