dos quarenta (e a nós, Rui,
pouco nos falta), nem vale a pena
reparar na dança irrequieta do violino
ou dos actorzinhos de merda
que vieram substituir os punks,
os skins, outras modas igualmente tristes.
Vinte anos depois - como tu gostas
de sublinhar -, não sabemos já o que fazer
à morte, a este inútil sobejo de vida que
deixámos de mostrar aos porteiros da noite
ou do inferno, coisas de que podemos
enfim sorrir. Mas as lágrimas, de
há vinte anos, talvez fossem preferíveis.
- Manuel de Freitas
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