Escrevo. Um início de versejar, uma metamorfose da larva que reclama as suas asas. Ainda não há verso. As primeiras palavras levam-se à boca até ferverem em lume brando, daí evaporam e condensam-se no cérebro.
Ando. Para trás e para a frente em dias ausentes e, às vezes, ando a caminho do mesmo lugar onde estou.
Salto da cama porque uma folha de papel me grita da sua solidão e não me deixa dormir. Uma criança salva-a antes de mim fazendo dela um avião.
Atropelo as frases, sem intenção de as magoar, mesmo aquelas que começaram os bombardeamentos.
Falo. Para dentro. Não penso, acho.
Vejo um corpo invisível perfeitamente delineado na luz.
E escrevo. Sem razão, não preciso. Apenas porque preciso. Escrevo.
Ando. Para trás e para a frente em dias ausentes e, às vezes, ando a caminho do mesmo lugar onde estou.
Salto da cama porque uma folha de papel me grita da sua solidão e não me deixa dormir. Uma criança salva-a antes de mim fazendo dela um avião.
Atropelo as frases, sem intenção de as magoar, mesmo aquelas que começaram os bombardeamentos.
Falo. Para dentro. Não penso, acho.
Vejo um corpo invisível perfeitamente delineado na luz.
E escrevo. Sem razão, não preciso. Apenas porque preciso. Escrevo.
1 comentário:
Nao sei quem és... nem preciso de saber...
Basta-me saber que me tiraste as palavras... num lampejo de dor as publicaste.. podiam ser minhas se as tivesse escrito.... mas sao minhas porque as senti... uma por uma...
obrigada
Wanda Aires
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