Ultimamente não tenho escrito grande coisa por aqui. Não tenho lido muito também, talvez essa seja a melhor desculpa que tenho por agora. As coisas não andam mal em termos de visitas. Temos flutuado entre resultados bastante favoráveis. O contador chega às duas centenas por dia e isso para um grupo de jovens mal representados como nós é bastante bom. Não fazemos parte de nenhuma liga, não bajulamos o suficiente e nem mantemos contacto com os senhores que mandam nas tendências da alta costura da blogoesfera. Somos um canto que saca muita gente no google, através de previsíveis associações de palavras em buscas de navegadores ocasionalmente interessados. Sobrevivemos com os nossos cerca de trinta, trinta e poucos fiéis e esse é todo o estímulo que vamos tirando nas estatísticas.
Um blogue não é menos que uma comunicação indirecta para um número que se quer o mais significativo possível. Já desisti de tentar encontrar uma fórmula, já percebi que não é uma questão de qualidade embora esse seja um bom princípio. Somos regulares mas mais importante que isso acreditamos que a blogoesfera é um espaço que resulta melhor dentro do desenvolvimento a que nós próprios nos sujeitamos do que nas parecerias influentes que dominam os números mais largos deste movimento. Ainda estamos à procura de pessoas que se queiram envolver neste esforço e o objectivo é continuar sem rumo mas chamando as pessoas pelo seu nome.
Chega de falar do blogue e de fazer balanços, por agora gostava de agradecer a quem nos tem apoiado visitando e pedir que continuem a encontrar-nos. Temos planos para depois e eu prometo que isto não fica assim. O que não é bom há-de ser, e o que já é bom será melhor.
Quanto a mim estou aqui para desenvolver ferramentas de comunicação. Este ano não promete nada, nada. É tudo uma folha em branco, um calendário com as linhas soltas - gostava de acreditar que voltarei a encontrar um horizonte mas a verdade é que sinto que o perdi. Não há meta nem objectivo, começo a pensar que não há nada para além disto. A única coisa que me motiva é não saber quem me lê, acreditar que há alguém por aí que me lê frequentemente com interesse e que percebe o que está a ler. Alguém que eu nunca vou conhecer, isso é importante. Alguém de quem nunca vou ser um amigo, mas só assim o melhor amigo. Nunca nos reconheceremos na linha tensa de um olhar cruzado e nunca teremos discussões nem trocaremos palavras directas. Seremos companheiros desta maneira estranha. Escrevendo e sendo lido. Começo a perceber que há alturas em que (por mais egoísta que isto possa soar) no fundo só quero a atenção silenciosa de alguém. Do outro lado podem julgar-nos de forma crua e cruel, não interessa, lêem o que escrevemos e é só isso que podemos esperar ao escrever palavras desta maneira.
O que eu quero de um visitante assíduo é este silêncio. Este espaço que me permite considerar que o blogue é um repositório de esforços íntimos, às vezes confissões, outras vezes um meio de exprimir lugares inspirados que tento alcançar... Não vou chegar a lugar nenhum com isto. Se publicasse um livro não teria mais leitores com certeza. Este blogue é o sítio. Sem um editor sou muitas vezes ridículo, demasiadas vezes, mas isso também nos aproxima. Não posso exigir mais do que ilusões breves e por vezes uma perspectiva lúcida sobre esta relação que nos liga. Não somos nada, mas de uma forma ou de outra se nos satisfaz este exercício então estamos os dois contentes, cada um só está quando lhe apetece. Talvez isto seja uma das mais singelas formas de comunicarmos livremente, sem razão para vergonha ou embaraços. Se eu não me expliquei melhor o que queria dizer é obrigado, enquanto não encontrar um horizonte só meu estarei por aqui e por aqui te espero.
Um blogue não é menos que uma comunicação indirecta para um número que se quer o mais significativo possível. Já desisti de tentar encontrar uma fórmula, já percebi que não é uma questão de qualidade embora esse seja um bom princípio. Somos regulares mas mais importante que isso acreditamos que a blogoesfera é um espaço que resulta melhor dentro do desenvolvimento a que nós próprios nos sujeitamos do que nas parecerias influentes que dominam os números mais largos deste movimento. Ainda estamos à procura de pessoas que se queiram envolver neste esforço e o objectivo é continuar sem rumo mas chamando as pessoas pelo seu nome.
Chega de falar do blogue e de fazer balanços, por agora gostava de agradecer a quem nos tem apoiado visitando e pedir que continuem a encontrar-nos. Temos planos para depois e eu prometo que isto não fica assim. O que não é bom há-de ser, e o que já é bom será melhor.
Quanto a mim estou aqui para desenvolver ferramentas de comunicação. Este ano não promete nada, nada. É tudo uma folha em branco, um calendário com as linhas soltas - gostava de acreditar que voltarei a encontrar um horizonte mas a verdade é que sinto que o perdi. Não há meta nem objectivo, começo a pensar que não há nada para além disto. A única coisa que me motiva é não saber quem me lê, acreditar que há alguém por aí que me lê frequentemente com interesse e que percebe o que está a ler. Alguém que eu nunca vou conhecer, isso é importante. Alguém de quem nunca vou ser um amigo, mas só assim o melhor amigo. Nunca nos reconheceremos na linha tensa de um olhar cruzado e nunca teremos discussões nem trocaremos palavras directas. Seremos companheiros desta maneira estranha. Escrevendo e sendo lido. Começo a perceber que há alturas em que (por mais egoísta que isto possa soar) no fundo só quero a atenção silenciosa de alguém. Do outro lado podem julgar-nos de forma crua e cruel, não interessa, lêem o que escrevemos e é só isso que podemos esperar ao escrever palavras desta maneira.
O que eu quero de um visitante assíduo é este silêncio. Este espaço que me permite considerar que o blogue é um repositório de esforços íntimos, às vezes confissões, outras vezes um meio de exprimir lugares inspirados que tento alcançar... Não vou chegar a lugar nenhum com isto. Se publicasse um livro não teria mais leitores com certeza. Este blogue é o sítio. Sem um editor sou muitas vezes ridículo, demasiadas vezes, mas isso também nos aproxima. Não posso exigir mais do que ilusões breves e por vezes uma perspectiva lúcida sobre esta relação que nos liga. Não somos nada, mas de uma forma ou de outra se nos satisfaz este exercício então estamos os dois contentes, cada um só está quando lhe apetece. Talvez isto seja uma das mais singelas formas de comunicarmos livremente, sem razão para vergonha ou embaraços. Se eu não me expliquei melhor o que queria dizer é obrigado, enquanto não encontrar um horizonte só meu estarei por aqui e por aqui te espero.
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