porque estão sós, sós, sós,
entregando-se, dando-se a cada instante,
chorando porque não salvam o amor.
Jaime Sabines
Tenho uma prima, baixa, com olhos enormes, cor de tristeza. Eu vejo sempre um desespero naqueles olhos. Com frequência, conta-me as suas paixões mas eu já não sei contá-las, tantas foram.
Fala-me do amor, esse sentimento que ela define com tanta segurança mais do que eu o consigo fazer. Diz que lhe enche o coração de cada vez que o sente. Aquele coraçãozinho que lhe sinto vazio.
Encontra um novo amor e tudo o que ela respira é este sentimento, ao ponto de ficar doente, de lhe faltar o ar, de dar o que tem e nunca isso lhe chegar.
Esta loucura que lhe tira a fome é o único nutriente essencial à sobrevivência da sua alma. Entregou-se a esta febre que lhe faz arder o corpo e tremer de manhã à noite.
E parece-me... É estranho, parece que ela vive tudo isto sozinha. O que ela ama é o amor. Ama sentir o aperto no peito e o nó na garganta. E quando tudo desaparece, ela limpa algumas lágrimas choradas pelos seus enormes olhos e guarda as restantes no frasco das recordações.
E espera... Espera pela nova colheita para alimentar novo amor.
Fala-me do amor, esse sentimento que ela define com tanta segurança mais do que eu o consigo fazer. Diz que lhe enche o coração de cada vez que o sente. Aquele coraçãozinho que lhe sinto vazio.
Encontra um novo amor e tudo o que ela respira é este sentimento, ao ponto de ficar doente, de lhe faltar o ar, de dar o que tem e nunca isso lhe chegar.
Esta loucura que lhe tira a fome é o único nutriente essencial à sobrevivência da sua alma. Entregou-se a esta febre que lhe faz arder o corpo e tremer de manhã à noite.
E parece-me... É estranho, parece que ela vive tudo isto sozinha. O que ela ama é o amor. Ama sentir o aperto no peito e o nó na garganta. E quando tudo desaparece, ela limpa algumas lágrimas choradas pelos seus enormes olhos e guarda as restantes no frasco das recordações.
E espera... Espera pela nova colheita para alimentar novo amor.

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