Um barquinho de papel que eu largo no mar
Segue a sua rota do acaso, no vento e nas águas
E apartado de mim que na distância o esqueço
Tem um ensejo só seu de chegar a algum porto
De atravessar o silêncio entre mim e alguém
E levar o seu dote, a sua carga de imaginação
Para nos revelar a verdade onde coincidimos
E fundear a esperança que nos faz resistir.
Um barquinho de papel que eu largo no mar
Quero assim o meu poema.
3 comentários:
Uma vez também escrevi uma coisa de um barco de papel (quando fui operada). Vou-te mostrar :P Título: Paranóias (eh eh)
Este fio de água é meu
E este barco de papel sou eu
(Sento-me aqui neste saibro grosso -
- Ai o meu cu! Nem que fosse de osso!)
Deixo-o na água no preciso instante
Em que lá aparece aquele diamante
Está sol e calor, o ar é azul
A aragem suave, mansa, morna
Toca a pele da água que se entorna
Lá adiante, onde o barco bule
Num rodopio alegre e breve
Levado pela corrente, ao de leve
O barquinho já meio encharcado
Começa a tombar para um lado
Mergulha, adormece encalhado
No leito de água, por luz beijado
Por entre os seixos adormecidos
De pés molhados e cabeça fresca
À sombra dos juncos envaidecidos
Hum... Já vai sendo tempo de fazer o seu próprio blogue.
Eu posso convidá-la a sentar-se comigo à roda da mesa do melhor amigo... De qualquer das maneiras era bom que pudessemos ler mais de si.
Tás a brincar comigo. Tenho lá pedalada para blogs a sério!
:P
beijo :)
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