(...) quando vejo um poema destes, que se serve de expressões que nada significam, ou que compõem de sorte o que não entendem, assento que não quis ser entendido, e, em tal caso, procuro fazer-lhe a vontade, e não o leio. (...)
A razão destes inconvenientes é porque se persuadem comummente que, para ser poeta, basta saber a medida de quatro versos e saber engenhar conceitos esquisitos. Quem se funda nisto não pode saber nada: são necessárias muitas outras notícias. É necessário doutrina e entender bem as matérias que se tratam; é necessária a Filosofia, e saber conhecer bem as acções dos homens, as suas paixões, o seu carácter, para as saber imitar, excitar e adormecer. (...) Quem não tem estes fundamentos é versejador, mas não poeta; e necessariamente há-de dizer muita parvoíce.
A razão destes inconvenientes é porque se persuadem comummente que, para ser poeta, basta saber a medida de quatro versos e saber engenhar conceitos esquisitos. Quem se funda nisto não pode saber nada: são necessárias muitas outras notícias. É necessário doutrina e entender bem as matérias que se tratam; é necessária a Filosofia, e saber conhecer bem as acções dos homens, as suas paixões, o seu carácter, para as saber imitar, excitar e adormecer. (...) Quem não tem estes fundamentos é versejador, mas não poeta; e necessariamente há-de dizer muita parvoíce.
- Luís António Verney,
Verdadeiro Método de Estudar
Sem comentários:
Enviar um comentário