Um jovem deus chamado Zaleale regressou ao mundo dos deuses depois de umas férias sem tempo no Mar.
Vinha com a cabeça ainda molhada e teve que passar grande parte da subida até o seu mundo sacudindo-a para que os seus longos cabelos loiros secassem e as raízes do cabelo parassem de lhe coçar o cérebro amarelo. É importanto dizer que o cérebro dos deuses é uma espécie de esponja amarela que pode ser ensopada de tudo e espremida até não guardar mais nada; se a esponja está carregada pinga, se não está é seca.
No mundo dos deuses faz muito frio e um cérebro molhado congela, por isso os deuses são pouco sentimentais. Zaleale no caminho de regresso foi-se libertando dos sentimentos que o molharam no Mar... Quando estava a chegar a casa um peixe saltou da sua manga que, como toda a sua roupa, ainda estava molhada e começava a ficar demasiado fria e assim tentava fazer um esforço para se safar e voltar às águas do sal da terra mas a mão de Zaleale apanhou-o na queda e levou o peixe à boca divina que em segundos se livrou das escamas e das espinhas para engolir o resto. Zaleale não parou nem pensou, acabava de engolir o melhor amigo que fizera nas suas férias, mas subindo ao céu esqueceu que os peixes têm sentimentos. Vale a pena referir que o paraíso está alguns kilómetros acima do céu e que lá só chegam animais de fortes sentimentos e é por isso que há poucos homens no paraíso, porque os homens são mais parecidos com os deuses, pensam muito, pensam tanto e às vezes pensam que sentem mais do que os outros animais só porque são os únicos que pensam no que sentem enquanto os outros só sentem e não perdem tempo a pensar nisso.
O caminho acabou e o mundo dos deuses estendeu-se à frente dos olhos de Zaleale, as mil flores artificiais e os enfeites do céu receberam-no com explosões de luz, cor e música e apareceram outros deuses para verem quem regressara. Zaleale foi cumprimentado com alguns acenares de cabeça e foi procurar a sua casa celeste. Demorou algum tempo porque se esqueceu de algumas coisas durante as férias mas pôs-se sentado a pensar e lá se lembrou do seu número de identidade 10078533. Depois lembrou-se que tinha o número gravado na ponta do dedo indicador, tocou com o dedo no chão e saiu de lá a sua casa de dois andares - o segundo andar era um sotão cheio de brinquedos roubados a crianças da Terra, crianças que seguiam para a Adolescência e eram forçadas a deixar as criancices.
Zaleale abriu a porta, reconheceu o cheiro do ambientador da sua casa, tirou a mala das costas e atirou-se para o estrado enorme que era como uma cama. Dormiu qualquer coisa como 30 dias mas isso não era nada de especial, alguns deuses adormeciam em certa altura e só voltavam a acordar anos depois, os deuses mais velhos chegavam a dormir décadas a fio até que alguém se lembrava de os acordar.
Depois de acordar Zaleale saiu de casa e encostou-se a uma árvore de metal que parecia um poste de iluminação e fez chi-chi, fez imenso chi-chi... Cá em baixo na Terra choveram 2 horas sem parar e depois mais meia hora com interrupções.
Quando estava aliviado foi à procura de comida. Apanhou duas vacas a subirem para o paraíso e comeu-as. Sentiu-se revigorado e foi consultar o quadro de actividades numa praça ali perto. No quadro estavam umas inscrições maiores e outras mais pequenas, Zaleale leu - "depois do sicum há uma reunião de artolus... Hei-de passar por lá.”
Foi para um canto e pôs-se a olhar cá para baixo, para coisas do nosso mundo...
Riu-se imenso com uma conversa entre uma namorada e o seu namorado em que depois de ele ter descoberto por um amigo que ela passara a noite aos beijos num gajo qualquer numa discoteca ela entra num acesso de choro sufocante dando-lhe mil e seis razões para justificar o momento, afinal a culpa não era dela...
Depois viu um homem discutir com a sua mulher e mãe dos seus filhos. Ela saiu de casa e bateu com a porta, ele gritou para a porta - "cabra estúpida, vai-te lixar!" Zaleale ouviu isto e quando ela entrou com o carro no primeiro cruzamento levou com um jipe a noventa à hora em cima. Morreu e deixou um marido agora viúvo e duas crianças com um pai irado.
Vinha com a cabeça ainda molhada e teve que passar grande parte da subida até o seu mundo sacudindo-a para que os seus longos cabelos loiros secassem e as raízes do cabelo parassem de lhe coçar o cérebro amarelo. É importanto dizer que o cérebro dos deuses é uma espécie de esponja amarela que pode ser ensopada de tudo e espremida até não guardar mais nada; se a esponja está carregada pinga, se não está é seca.
No mundo dos deuses faz muito frio e um cérebro molhado congela, por isso os deuses são pouco sentimentais. Zaleale no caminho de regresso foi-se libertando dos sentimentos que o molharam no Mar... Quando estava a chegar a casa um peixe saltou da sua manga que, como toda a sua roupa, ainda estava molhada e começava a ficar demasiado fria e assim tentava fazer um esforço para se safar e voltar às águas do sal da terra mas a mão de Zaleale apanhou-o na queda e levou o peixe à boca divina que em segundos se livrou das escamas e das espinhas para engolir o resto. Zaleale não parou nem pensou, acabava de engolir o melhor amigo que fizera nas suas férias, mas subindo ao céu esqueceu que os peixes têm sentimentos. Vale a pena referir que o paraíso está alguns kilómetros acima do céu e que lá só chegam animais de fortes sentimentos e é por isso que há poucos homens no paraíso, porque os homens são mais parecidos com os deuses, pensam muito, pensam tanto e às vezes pensam que sentem mais do que os outros animais só porque são os únicos que pensam no que sentem enquanto os outros só sentem e não perdem tempo a pensar nisso.
O caminho acabou e o mundo dos deuses estendeu-se à frente dos olhos de Zaleale, as mil flores artificiais e os enfeites do céu receberam-no com explosões de luz, cor e música e apareceram outros deuses para verem quem regressara. Zaleale foi cumprimentado com alguns acenares de cabeça e foi procurar a sua casa celeste. Demorou algum tempo porque se esqueceu de algumas coisas durante as férias mas pôs-se sentado a pensar e lá se lembrou do seu número de identidade 10078533. Depois lembrou-se que tinha o número gravado na ponta do dedo indicador, tocou com o dedo no chão e saiu de lá a sua casa de dois andares - o segundo andar era um sotão cheio de brinquedos roubados a crianças da Terra, crianças que seguiam para a Adolescência e eram forçadas a deixar as criancices.
Zaleale abriu a porta, reconheceu o cheiro do ambientador da sua casa, tirou a mala das costas e atirou-se para o estrado enorme que era como uma cama. Dormiu qualquer coisa como 30 dias mas isso não era nada de especial, alguns deuses adormeciam em certa altura e só voltavam a acordar anos depois, os deuses mais velhos chegavam a dormir décadas a fio até que alguém se lembrava de os acordar.
Depois de acordar Zaleale saiu de casa e encostou-se a uma árvore de metal que parecia um poste de iluminação e fez chi-chi, fez imenso chi-chi... Cá em baixo na Terra choveram 2 horas sem parar e depois mais meia hora com interrupções.
Quando estava aliviado foi à procura de comida. Apanhou duas vacas a subirem para o paraíso e comeu-as. Sentiu-se revigorado e foi consultar o quadro de actividades numa praça ali perto. No quadro estavam umas inscrições maiores e outras mais pequenas, Zaleale leu - "depois do sicum há uma reunião de artolus... Hei-de passar por lá.”
Foi para um canto e pôs-se a olhar cá para baixo, para coisas do nosso mundo...
Riu-se imenso com uma conversa entre uma namorada e o seu namorado em que depois de ele ter descoberto por um amigo que ela passara a noite aos beijos num gajo qualquer numa discoteca ela entra num acesso de choro sufocante dando-lhe mil e seis razões para justificar o momento, afinal a culpa não era dela...
Depois viu um homem discutir com a sua mulher e mãe dos seus filhos. Ela saiu de casa e bateu com a porta, ele gritou para a porta - "cabra estúpida, vai-te lixar!" Zaleale ouviu isto e quando ela entrou com o carro no primeiro cruzamento levou com um jipe a noventa à hora em cima. Morreu e deixou um marido agora viúvo e duas crianças com um pai irado.
Continua, talvez...
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