quinta-feira, maio 31, 2018

Prémios tutti quanti


De há uns tempos acá, fui bloqueado por essa grande agente social dos bairros da grande lata literata, a xô dona Cantinho, ilustre catedrática no YouTubi, a dar voltas ao Walter Benjamin, como porco no espeto, e para mim que faço criação de úlceras, foi como uma benesse, como receber suspensão na escola, e ir de férias por mau comportamento, mas soube que veio chibar-nos agora numa coisada que mete o PEN porque vez por outra ainda a xô-donete tem tanta graça que põe a malta a rir muito alto, e até aqui, no gueto, a parvoíce se ouve. Sei assim que veio dar nota da sua incredulidade com a resposta dada por esta editora aos responsáveis dessa tão estimada instituição quando nos vieram pedir 3 exemplares de cada título por nós editados em 2017. Espantou-se a anta que possa haver quem corra com este bando de chulos académicos que, por atribuírem uma merreca anual, acham que vêm buscar o catálogo às editoras (e vão, a algumas, em nome da porca da glória que para aí chafurda). Recebemos um email destes trafulhas e ignorámos, vieram-nos com um segundo, com dilatações do prazo, e aí, como manda a etiqueta, respondemos. A nossa resposta é tornada pública apenas porque aquela excelentíssima tareca membro do tal PEN veio desenrolar a sua indignação. Assim, quanto a prémios, e não é só este, mas tudo, todos, estamos conversados. A resposta foi só isto:

Eu queria ser do pen,
eu queria ser do grémio.
Enfim, ser daqueles men
tecaptos do prémio.

Eu queria ser, já viram,
poeta sublime.
Então, jarryram?
Eu rime.

[...]

Êxtases e delírios
volteando em blue
quem os tem tire-os
e meta-os no cu.

VITOR SILVA TAVARES

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