Ninguém sabe a cor
do desejo mais profundo.
Alejandra Pizarnik
Podia tê-lo encontrado
na plaza del Congreso,
ou talvez tomando café na Recoleta.
Solitário, fosse verão ou inverno,
um diário, de cada vez, e nem ele nem o dia.
Os olhos calmos, fundos,
de uma natureza penetrante,
abertos a muitas outras realidades,
verticais ou não.
Um homem qualquer,
de sobretudo e cachecol,
um porteño como tantos outros,
possivelmente o poeta mais metafísico do século.
Uma existência que compreendia muitas vidas:
supostamente, uma só morte,
não vai ser-lhe suficiente.
- Alessandro Prusso
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