terça-feira, outubro 21, 2014

Bonsoir, Madame


Amigo e discípulo de Manuel de Castro, António Barahona foi o responsável pela orientação e pelas sucessivas revisões de Bonsoir, Madame título escolhido pelo editor Nuno Franco (Alexandria) , que contara antes com um trabalho de ordenação dos inéditos e rastreio da publicação original de alguns deles em jornais e suplementos culturais realizado por Zetho da Cunha Gonçalves, que, por sua vez, trabalhou a partir de um acervo organizado pelo autor, com indicações sobre a reunião e publicação dos poemas. O reconhecimento de um outro companheiro de Manuel de Castro, Helder Macedo, de que a colectânea que foi conseguida se trata de "uma espécie de edição de autor ainda que de um autor defunto fantasmaticamente recuperado por outros", vem lançar luz sobre um esforço que terá agora de esperar pela justiça dos verdadeiros leitores. Entretanto, depois de deixarmos os últimos exemplares nas três livrarias de Lisboa que temos como referência  Letra Livre, Pó dos Livros e Guilherme Cossoul a edição está esgotada. Para nós foi uma honra colaborar neste esforço para recuperar um dos nossos preferidos, fazendo reemergir os dois livros editados em vida pelo autor (Paralelo W e Estrela Rutilante) e publicando pela primeira vez dois que permaneciam inéditos (Chuva no Dia de Finados e Hiperacusia). Estamos confiantes de que foi só o início de uma segunda e mais longa vida.

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